1. Políticas públicas e regulatórias
- Fortalecer e agilizar marcos regulatórios - É imperativo modernizar e agilizar os processos regulatórios para bioinsumos e novos produtos biotecnológicos, estabelecendo vias claras e baseadas em risco que incentivem a inovação sem comprometer a segurança. A aprovação e implementação eficaz da Lei de Bioinsumos, incluindo diretrizes claras para a produção on farm, são prioritárias.
- Incentivos à P&D&I - Manter e ampliar os incentivos fiscais e financeiros para projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação em bioeconomia, bem como para a adoção de tecnologias sustentáveis e bioinsumos pelo setor produtivo.
- Estratégia nacional coesa - Consolidar e implementar uma Estratégia Nacional de Bioeconomia abrangente e interministerial, que articule as diversas iniciativas setoriais, defina metas claras e mobilize os recursos necessários, conforme defendido pelas associações de classe da indústria.
2. P&D&I
- Investimento em pesquisa aplicada e translacional - Aumentar o investimento público e privado em pesquisa que vise à solução de problemas concretos da indústria e da sociedade, facilitando a transição de descobertas científicas para aplicações práticas.
- Fomento à colaboração - Intensificar a colaboração entre universidades, institutos de pesquisa, empresas e governo, utilizando e expandindo modelos de sucesso, como as unidades Embrapii e as plataformas abertas de inovação.
- Infraestrutura de escalonamento - Ampliar a rede de plantas piloto e laboratórios multiusuários abertos e acessíveis, especialmente para startups e PMEs, para facilitar o escalonamento de bioprocessos e a prototipagem de produtos.
3. Capacitação e formação de recursos humanos
- Expansão de programas de formação - Desenvolver e ofertar mais cursos de curta duração, programas de extensão e treinamentos práticos em áreas chave como produção e uso de bioinsumos, simulação de processos (com foco em ferramentas acessíveis) e metodologias de prototipagem ágil (Design Thinking, fabricação digital).
- Atualização curricular - Incentivar a inclusão desses temas nos currículos de graduação e pós-graduação em áreas correlatas à bioeconomia, como já ocorre em algumas instituições.
- Residências técnicas e tecnológicas - Expandir programas de residência, a exemplo do SENAI PR, para promover a imersão de jovens profissionais em ambientes industriais e de inovação, acelerando a transferência de conhecimento.
4. Infraestrutura e acesso a ferramentas
- Democratização de ferramentas digitais - Promover o uso de softwares open-source para simulação e design, acompanhado de material didático em português e programas de treinamento.
- Ampliação de espaços maker - Expandir e fortalecer a rede de FabLabs e espaços maker públicos e privados, tornando-os mais acessíveis a pesquisadores e empreendedores da bioeconomia.
5. Ecossistema de inovação
- Fortalecimento de redes e arranjos produtivos locais (APLs) - Estimular a formação e o fortalecimento de redes de inovação, clusters tecnológicos e arranjos produtivos locais (APLs) focados em diferentes segmentos da bioeconomia.
- Apoio ao empreendedorismo de base tecnológica - Aprimorar e ampliar os mecanismos de apoio a incubadoras, aceleradoras e startupsbiotecnológicas, facilitando o acesso a mentorias, infraestrutura laboratorial e, crucialmente, a capital de risco e investimento anjo.
- Articulação de atores - Promover fóruns permanentes e plataformas de diálogo para garantir a contínua articulação entre governo, academia, indústria e sociedade civil na construção da agenda da bioeconomia.
6. Comunicação e difusão
- Valorização da bioeconomia - Realizar campanhas de comunicação para aumentar a conscientização da sociedade sobre os benefícios da bioeconomia e o potencial dos bioprodutos brasileiros.
- Disseminação de casos de sucesso - Divulgar amplamente os casos de sucesso de empresas e produtores que adotaram tecnologias e processos bioeconômicos, demonstrando sua viabilidade e vantagens competitivas.